Guiné-Bissau: acordo garante comercialização da safra de castanha


O governo da Guiné-Bissau chegou a um acordo com cinco bancos comerciais para financiarem a comercialização da safra de caju em 2020. Um contrato de financiamento, na forma de um empréstimo, foi assinado na sexta-feira passada entre o Ministério das Finanças e os referidos bancos, possibilitando que estes tenham alguma liquidez para financiar a safra e, portanto, assegurar a compra da produção pelas operadoras. 

Atualmente a castanha de caju é a principal fonte de moeda estrangeira no país e quase 80% da população depende da renda gerada pelo setor do caju. No entanto, o diretor do Banco da África Ocidental, Romulo Pires, em nome dos cinco bancos, esclareceu que o financiamento disponibilizado pelo governo só será liberado de acordo com certos "critérios de admissibilidade", a saber: o operador não possuir dívidas, possuir contrato de compra e venda para o seu produto, dispor de logística, entre outros. Para cada um dos bancos, o governo disponibilizou uma importância de FCFA 3 bilhões (aproximadamente R$ 29,4 milhões), que será reembolsável dentro de nove meses com uma taxa de juros de 2%.

A campanha de comercialização do caju geralmente ocorre de abril a setembro, mas este ano a pandemia de Covid-19 e a declaração de estado de emergência até o corrente mês atrasaram o seu início. O preço de referência para a castanha de caju foi fixado em 375 FCFA por quilograma (R$ 3,68/kg) e os impostos sobre a exportação de castanha de caju in natura foram reduzidos.
(*) a moeda da Guiné Bissau é o Franco CFA

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