Lúcia António, chefe do setor Industrial de Incaju, afirma que a indústria de caju moçambicana está enfrentando dificuldades devido à esta decisão. “Para minimizar o impacto da queda nas exportações moçambicanas na economia do país, o Incaju está buscando outros mercados, promovendo o uso na indústria de alimentos, para produzir farinha, leite e manteiga, entre outros produtos, além de cosméticos”, complementa.
Paralelamente, o governo moçambicano está avaliando com a Índia a possibilidade de assinar um acordo comercial extraordinário para colocar no mercado amêndoas quebradas no mercado, sob um esquema de cotas.
A castanha de caju é uma importante fonte de moeda estrangeira para Moçambique e é exportada tanto in natura como processada. Entre 2017 e 2019 foram exportadas mais de 80.000 toneladas de castanha in natura e o país faturou US $ 116 milhões (76% do total foram para a Índia e 24% para o Vietnã). No mesmo período, foram exportadas 24.000 toneladas de castanha de caju processada, gerando uma receita de US $ 155 milhões. As castanhas de caju processadas em Moçambique foram enviadas para a Europa (36%), Estados Unidos (30%), Líbano (9,0%), África do Sul (9,0%), Vietnã (10%) e Índia (6,0%).
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