"No conjunto das oito economias da sub-região, na Guiné Bissau o choque decorrente da Covid-19 poderá ser muito mais profundo porque a nossa economia tem suas especificidades ou, se quisermos ser mais precisos, as suas debilidades que a tornam muito vulnerável", afirmou neste domingo (19.04) a diretora-nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental para a Guiné Bissau (BCEAO), Helena Nosolini Embaló.
"Ora, sendo as incertezas e os riscos quanto à safra deste ano enormes, haverá consequentemente implicações graves, sendo certo que esta atividade dinamiza quase todos os setores da vida econômica nacional", disse Helena Nosolini Embaló, salientando que a comercialização da castanha de caju é uma "forte alavanca para as finanças públicas do país".
Segundo a diretora-nacional do BCEAO na Guiné Bissau, ao cenário de incerteza em relação à comercialização de caju acresce o fato de quase tudo o que é consumido na Guiné-Bissau vir do exterior.
"As restrições no comércio internacional terão um forte impacto e vão afetar um grande número de famílias, sobretudo as que vivem abaixo do limiar da pobreza", sublinhou. (Com informações da Agência Lusa)
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