Covid-19 impacta cajucultura da Guiné-Bissau


A Guiné Bissau, que faz parte da União Econômica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), que inclui também o Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo, tem uma forte dependência do processo de comercialização e exportação da castanha de caju, que representa mais de 90% das exportações do país.

"No conjunto das oito economias da sub-região, na Guiné Bissau o choque decorrente da Covid-19 poderá ser muito mais profundo porque a nossa economia tem suas especificidades ou, se quisermos ser mais precisos, as suas debilidades que a tornam muito vulnerável", afirmou neste domingo (19.04) a diretora-nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental para a Guiné Bissau (BCEAO), Helena Nosolini Embaló.

"Ora, sendo as incertezas e os riscos quanto à safra deste ano enormes, haverá consequentemente implicações graves, sendo certo que esta atividade dinamiza quase todos os setores da vida econômica nacional", disse Helena Nosolini Embaló, salientando que a comercialização da castanha de caju é uma "forte alavanca para as finanças públicas do país".

Segundo a diretora-nacional do BCEAO na Guiné Bissau, ao cenário de incerteza em relação à comercialização de caju acresce o fato de quase tudo o que é consumido na Guiné-Bissau vir do exterior.

"As restrições no comércio internacional terão um forte impacto e vão afetar um grande número de famílias, sobretudo as que vivem abaixo do limiar da pobreza", sublinhou. (Com informações da Agência Lusa)

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