No texto de abertura do livro, Rita Weidinger, diretora-executiva da GIZ/Comcashew (empresa de fomento voltada para cajucultores), enumera os desafios enfrentados pelas profissionais em seu dia a dia: "Elas precisam gerir várias tarefas em suas famílias e empresas, indo além de seus próprios limites para atingir resultados positivos na cadeia produtiva: como agricultoras, pesquisadoras, processadoras, comerciantes e em muitos outros negócios. Não são caminhos sem armadilhas. Apesar dos vários desafios que enfrentam, essas mulheres inspiradoras florescem profissionalmente, fazendo com que outras pessoas queiram se juntar a elas".
Para Ana Cecília, a obra é importante por dar visibilidade o trabalho feminino em meio a uma atividade ainda predominantemente masculina, em especial no que diz respeito aos cargos de direção. Isso é ainda mais necessário, destaca, em países nos quais a luta pela igualdade entre homens e mulheres ainda não se encontra tão avançada quanto no Brasil.
A mão de obra feminina, segundo a pesquisadora, está concentrada em atividades relacionadas ao processamento da castanha de caju e às funções administrativas do negócio. Bióloga de formação com doutorado em Botânica, Ana Cecília divide seu tempo entre o laboratório e as áreas produtivas. Gestora do Banco Ativo de Germoplasma de Caju (BAG Caju), ela afirma que nunca deixou de ir a campo realizar e acompanhar experimentos pelo fato de ser mulher.(Ricardo Moura/Embrapa)
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