Tanzânia: reformas chaves para evitar crises na cajucultura

A Tanzânia é o sexto maior produtor mundial de castanha de caju. Nos últimos anos, esta commoditie assumiu relevância na economia do país, com as exportações saltando de US $ 187 milhões em março de 2016 para US $ 340,9 milhões em março de 2017, segundo números do Bank of Tanzania (BoT). Esses números são superiores aos ganhos combinados das exportações de café, algodão, chá, cravo e sisal do país.

Conforme observado no periódico tanzaniano The Citizen, enquanto a Tanzânia faturou US $ 270 milhões com as cinco culturas tradicionais de exportação, essa soma foi de US $ 70,9 milhões MENOR do que a obtida somente com as exportações de castanha de caju! 

Recentemente, contudo, a longa queda de braço entre produtores e atravessadores na definição do preço da castanha fez com que o governo tanzaniano entrasse firme na disputa com uma medida radical. O presidente da Tanzânia, John Magufuli, interveio, definindo o preço do castanha de caju em no mínimo 3,3 mil xelins por quilo (aproximadamente R$ 5,51). Quando ainda não havia compradores, o presidente orientou o governo a comprar toda a safra de cerca de 220.000 toneladas em dinheiro.

O governo também decidiu reformular as políticas existentes e os marcos regulatórios do sistema cooperativo, acreditando que eles falharam no agronegócio em geral e no marketing de culturas em particular.

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