A Guiné-Bissau está com dificuldades no escoamento de castanha de caju para o mercado internacional, devido ao excesso mundial de produção, disse em Bissau o porta-voz do governo de transição, Fernando Vaz.
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Fernando Vaz disse que existem neste momento cerca de 90 mil toneladas da castanha de caju (um dos principais produtos de exportações da Guiné-Bissau) nos armazéns em Bissau a aguardar escoamento.
A previsão feita pelo governo era que o país iria exportar este ano entre 220 a 230 mil toneladas mas teve de rever em baixa estes números fixando-os agora em 180 mil a 190 mil toneladas.
Fernando Vaz explicou que a retração normal da atividade econômica (normal neste período do ano na Guiné-Bissau) associada à falta de liquidez nos bancos comerciais são algumas das justificativas para a dificuldade no escoamento do caju da Guiné-Bissau.
O porta-voz adiantou que há ainda o fato da Índia, principal comprador mundial de castanha in natura, não comprar o produto como nos anos anteriores, devido ao excesso mundial de produção que está afetando não apenas a Guiné-Bissau mas também outros países.
De acordo com o presidente do Comissão Nacional do Caju, André Nanque, a Guiné-Bissau exportou 174 mil toneladas de castanha de caju em 2011, o que foi um recorde, e fez entrar nos cofres públicos 226 milhões de dólares. (macauhub)
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