Moçambique terá um centro especializado na pesquisa do caju, visando melhorar o desempenho do setor. A directora nacional de Fomento de Caju, Filomena Maiópuè, disse que o centro que se vai dedicar à investigação de toda a cadeia de produção e comercialização do caju, poderá ser instalado na província nortenha de Nampula e será coordenado pelo Instituto Agrário de Moçambique (IAM), entidade que responde pela área de pesquisa no Ministério da Agricultura.
Falando à margem da reunião nacional de planificação do Instituto Nacional do Caju (INCAJU), há dias realizada no distrito do Dondo, em Sofala, ela disse que, para o efeito, esteve no país um consultor tanzaniano que se encarregou da elaboração do desenho das necessidades para a instalação do referido centro.
Para além de estar virado apenas à descoberta de novas variedades de caju, segundo a fonte do “Diário de Moçambique”, o centro vai igualmente dedicar-se ao estudo do mercado, visando a diversificação deste, ao invés de se depender exclusivamente das exportações para a Índia.
“Estamos a sair de uma campanha bastante má, por isso, se quisermos ver o subsetor do caju cada vez mais desenvolvido, temos que apostar na estruturação da componente de investigação, de forma a descobrirmos novas variedades de caju, que sejam mais rentáveis e resistentes às condições climatéricas do país”, referiu Filomena Maiópuè, acrescentando que, com o referido centro, a área do caju contará com um grupo de pesquisa cada vez mais forte, que estará capaz de responder aos constrangimentos do sector.
A reunião do Dondo recomendou aos técnicos do sector do caju a nível nacional no sentido de apoiarem cada vez mais a construção de infra-estruturas de produção de mudas de cajueiros para a campanha 2012/13 e de processamento da castanha de caju. Para o aumento da capacidade de produção de mudas, a directora do INCAJU disse que serão envolvidas neste processo as associações, cooperativas e empresas privadas ligadas ao sector.
Para a próxima campanha, o sector prevê uma produção de três milhões de mudas de cajueiros, a serem distribuídos pelos produtores. Em termos de comercialização, o país espera exportar entre 75 mil e 80 mil toneladas de amêndoa de caju. (Jornal A Verdade)
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