Em uma reportagem de seis minutos o Jornal Nacional mostrou o flagelo da seca nos estados do Nordeste. Açudes secando, gado morrendo, carros-pipa singrando o chão seco da caatinga. Foram mostrados os estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
“De janeiro até agora em maio, a precipitação era de 132 milímetros. No mês de abril foi zero. E isso, pelo menos até aqui, é uma precipitação que você pode dizer sim que é uma precipitação de deserto", define o técnico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) José Augusto Filho.
A seca também afeta diretamente a produção de caju no Rio Grande do Norte. O estado é um dos maiores produtores de castanha do país, mas, para manter a atividade, as grandes beneficiadoras estão tendo que importar o produto. Ou seja, os produtores agora também são importadores. Eles dizem que já adotaram a medida antes, para evitar a perda de clientes.
"No ano passado já trouxemos castanha da África e esse ano nós estamos trazendo mais 12 mil toneladas ou mais, dependendo do tamanho da safra que vai dar em 2012", conta o presidente da Usina de Beneficiamento de Castanha de Mossoró (Usibrás), Francisco de Assis Neto.
No estado, cerca de 50 mil toneladas de castanha eram produzidas por ano, quando as chuvas permitiam. A previsão é de que, em 2012, a produção fique em torno de dez mil toneladas.Na maior empresa do Rio Grande do Norte, a capacidade de processamento foi reduzida em 40%. E a seca acaba afetando o emprego na região. Os diretores não revelam quantos trabalhadores foram demitidos em mais essa seca, mas o que ninguém esconde é o sofrimento que a falta de chuva impõe ao sertanejo.
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