A safra de caju e castanha na região Oeste do Rio Grande do Norte não será a esperada. Terá uma queda de pelo menos 20% do que foi previsto pelos produtores e especialistas do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (EMATER-RN). Um fungo identificado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMBRAPA) com o nome de Oídio impede o desenvolvimento do cajueiro e do fruto.
Já havia a suspeita da presença do fungo na região Oeste há cerca de dois anos. Mesmo assim, os produtores de castanha não acreditavam que fosse fazer a diferença. Entretanto, o quadro mudou. O fungo atingiu os cajueiros com força, forçando-os a produzir menos. "O caju fica com rachaduras e a castanha não se desenvolve como deveria. O fungo também impede que a copa do cajueiro cresça como é preciso para produzir bem", destaca o extensionista da Emater Anchieta Martins, do município de Serra do Mel.
Havia uma previsão da Emater de o município de Serra do Mel chegar a uma produção recorde de 18 mil toneladas de castanha, mas o fungo atacou na região que mais produz no município, ou seja, a região norte. Com a ação do fungo, é provável que a safra fique em torno de 12 mil toneladas de castanha. Ainda conforme Anchieta Martins, o mesmo problema afetou também as demais áreas. "Temos informações que os pomares das demais cidades do Rio Grande do Norte, Ceará e do Piauí também estão com esse mesmo fungo", diz.
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