A importação de castanha de caju in natura da África, autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), deve assegurar o funcionamento das indústrias, a manutenção de empregos e o cumprimento dos contratos de exportação para 40 países.
Indústrias de processamento de castanha de caju do Ceará estimam receber em torno de 30 mil toneladas (t) até agosto. A operação utiliza pela primeira vez uma estratégia comercial de compra in loco e entrega o produto sem a participação de intermediários.
O risco comercial é assumido pela subsidiária. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Beneficiamento da Castanha de Caju do Ceará (Sindicaju), Lúcio Carneiro, as primeiras 250 t, oriundas de Gana, chegaram ao Ceará no final de fevereiro e já estão completamente internalizadas.
Elas vão atender a três empresas - Amêndoas do Brasil, Usibras e Resibras. Essas são as indústrias que montaram uma empresa, a Tafalco, que está comprando, fazendo a pré-limpeza e enviando para solo cearense um produto pronto para industrializar.
“Montamos uma empresa para dar apoio técnico e comercial aos fornecedores”, explica, acrescentando que depois de um ano de prospecção foi feita a capitalização e a instalação de armazéns com equipamentos e pessoal especializado.
Destaca que a partir de abril vão chegar volumes maiores do produto que está sendo adquirido.
Acrescenta que essa base de compra vai servir para a indústria local processar castanha em solo africano mas isso não deverá ocorrer antes de um ano.
“Agora o foco é receber a matéria-prima porque a pior coisa que pode ocorrer é uma fábrica de castanha fechar”, comenta, considerando que hoje as nove estão funcionando, mas esse esforço deverá manter de cinco a seis em operação. Ele acredita que logo muitas empresas vão recorrer à suspensão do contrato de trabalho, previsto na legislação, que permite parar até cinco meses. E nesse período o trabalhador ficaria amparado pelo seguro desemprego. O consultor Francisco Mavignier Cavalcante França, diz que ao se instalar em outro país os empresários cearenses estão fazendo como os indianos que também têm essa estratégia de compra. Destaca que além da quebra de safra - 51% no Brasil e 62% no Ceará - o Estado precisa importar castanha por causa da capacidade ociosa, em torno de 40% - do parque industrial.
“É importante para a nossa competitividade cumprir fielmente os contratos e manter o nome que tem no mercado internacional”, completa, ressaltando que a castanha cearense é de alta qualidade. Carneiro concorda que o Ceará não pode perder esse mercado que tem os Estados Unidos como principal comprador - em torno de 45%. Explica que as importações vão manter as empresas funcionando até o início da safra em meados de outubro.
Depois da quebra de safra de mais de 50%, o Ministério da Agricultura autorizou a importação do produto da Costa do Marfim, Nigéria, Gana e Guiné Bissau.
Essa autorização é por tempo indeterminado, mas poderá ser suspensa no caso de interceptação de pragas durante a fiscalização do produto no ingresso no Brasil. A castanha de caju importada será inspecionada no ponto de ingresso. Nos casos de detecção de pragas, a organização fitossanitária do país de origem será notificada e o Brasil poderá suspender as partidas até a revisão da Análise de Risco de pragas (ARP). A autoridade competente deverá comunicar ao Ministério da Agricultura quando houver ocorrência de novas pragas no território. (Jornal O Povo)
Indústrias de processamento de castanha de caju do Ceará estimam receber em torno de 30 mil toneladas (t) até agosto. A operação utiliza pela primeira vez uma estratégia comercial de compra in loco e entrega o produto sem a participação de intermediários.
O risco comercial é assumido pela subsidiária. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Beneficiamento da Castanha de Caju do Ceará (Sindicaju), Lúcio Carneiro, as primeiras 250 t, oriundas de Gana, chegaram ao Ceará no final de fevereiro e já estão completamente internalizadas.
Elas vão atender a três empresas - Amêndoas do Brasil, Usibras e Resibras. Essas são as indústrias que montaram uma empresa, a Tafalco, que está comprando, fazendo a pré-limpeza e enviando para solo cearense um produto pronto para industrializar.
“Montamos uma empresa para dar apoio técnico e comercial aos fornecedores”, explica, acrescentando que depois de um ano de prospecção foi feita a capitalização e a instalação de armazéns com equipamentos e pessoal especializado.
Destaca que a partir de abril vão chegar volumes maiores do produto que está sendo adquirido.
Acrescenta que essa base de compra vai servir para a indústria local processar castanha em solo africano mas isso não deverá ocorrer antes de um ano.
“Agora o foco é receber a matéria-prima porque a pior coisa que pode ocorrer é uma fábrica de castanha fechar”, comenta, considerando que hoje as nove estão funcionando, mas esse esforço deverá manter de cinco a seis em operação. Ele acredita que logo muitas empresas vão recorrer à suspensão do contrato de trabalho, previsto na legislação, que permite parar até cinco meses. E nesse período o trabalhador ficaria amparado pelo seguro desemprego. O consultor Francisco Mavignier Cavalcante França, diz que ao se instalar em outro país os empresários cearenses estão fazendo como os indianos que também têm essa estratégia de compra. Destaca que além da quebra de safra - 51% no Brasil e 62% no Ceará - o Estado precisa importar castanha por causa da capacidade ociosa, em torno de 40% - do parque industrial.
“É importante para a nossa competitividade cumprir fielmente os contratos e manter o nome que tem no mercado internacional”, completa, ressaltando que a castanha cearense é de alta qualidade. Carneiro concorda que o Ceará não pode perder esse mercado que tem os Estados Unidos como principal comprador - em torno de 45%. Explica que as importações vão manter as empresas funcionando até o início da safra em meados de outubro.
Depois da quebra de safra de mais de 50%, o Ministério da Agricultura autorizou a importação do produto da Costa do Marfim, Nigéria, Gana e Guiné Bissau.
Essa autorização é por tempo indeterminado, mas poderá ser suspensa no caso de interceptação de pragas durante a fiscalização do produto no ingresso no Brasil. A castanha de caju importada será inspecionada no ponto de ingresso. Nos casos de detecção de pragas, a organização fitossanitária do país de origem será notificada e o Brasil poderá suspender as partidas até a revisão da Análise de Risco de pragas (ARP). A autoridade competente deverá comunicar ao Ministério da Agricultura quando houver ocorrência de novas pragas no território. (Jornal O Povo)
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