Um dos símbolos do verão baiano, o caju, representa a geração de emprego e renda para agricultores familiares, sobretudo na região do recôncavo baiano, onde cresce a participação na produção do maturi (amêndoa da castanha verde), usado na culinária baiana em pratos como peixes, saladas, frigideiras, e da castanha (in natura e assada).
Com período de safra nos meses mais quentes do ano (dezembro a fevereiro), a cajucultura prevalece na região Nordeste do Brasil, onde representa 95% da produção nacional, concentrada nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia (IBGE, 2008). Nesse contexto a Bahia é o terceiro maior produtor do fruto, com área plantada de 26.266 ha, área colhida de 26.020 e produção de 5.414 toneladas (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)), quase toda concentrada na região semiárida do Estado.
Visualizando a participação da agricultura familiar na produção de caju, no recôncavo baiano, as Gerências Regionais da EBDA, em Cruz das Almas e em Ribeira do Pombal, numa parceria para desenvolver a cajucultura na região, começou a desenvolver ações como a distribuição de mudas para agricultores familiares. Só no final de 2010, foram mais de 200 mudas de cajueiro anão precoce distribuídas, o que já promoveu mudanças na realidade do agricultor. "Hoje, eles já buscam orientação para melhorar as suas produções, o que antes não acontecia; a produção era quase toda extrativista, sem assistência técnica nem orientação quanto ao melhor aproveitamento do fruto", comentou Jorge Silveira, engenheiro agrônomo da EBDA.
Segundo Silveira, a parceria permitiu a disponibilização de novas mudas para a instalação de Unidades Demonstrativas e a formação de Viveiros de Produção, utilizando material genético de qualidade. Outra parceria estimulada pela empresa é com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, que desenvolve trabalhos com cajueiro anão precoce em Unidades de Sistema Agroflorestal (SAF). Outras ações voltadas para a atividade são os treinamentos para o aproveitamento do caju, tanto do pedúnculo (polpa), quanto da castanha e, também, a substituição de copas, que implica na renovação das plantas velhas, a partir da substituição de suas copas por material geneticamente superior.
Qualidades do caju
Do caju, a castanha é o principal produto comercializado pelos agricultores familiares, no recôncavo. No município de Cruz das Almas, concentra-se toda a comercialização da castanha in natura, da região, e estima-se que, na safra de verão 2010/2011, foram comercializadas mais de 1.500 toneladas, adquiridas em feiras livre ou em depósitos, por intermediários que vendem para compradores do Ceará. Silveira afirma que boa parte da castanha produzida na Bahia segue para o Ceará – maior produtor de castanha de caju, do país -, onde são processadas e comercializadas.
Além do aspecto econômico, os produtos derivados do caju apresentam elevada importância alimentar por ser rico em diversos nutrientes. O pedúnculo do caju (falso fruto) é o que se consome ao natural ou em derivados (sucos, doces, cocadas). De coloração amarela ou vermelha, estão presentes altos índices de vitamina C, cálcio, fósforo e ferro. Já a castanha ou amêndoa (fruto verdadeiro), quando torrada, tem grande valor no mercado internacional. Da castanha (amêndoa e casca) extrai-se um fino óleo de uso na indústria de cosméticos, de medicamentos, de alimentos, dentre outras. A amêndoa da castanha de caju é rica em fibras, proteínas, minerais (magnésio, ferro, potássio, selênio, cobre e zinco) e vitaminas A, D e K.
Segundo Silveira, o maior problema encontrado com o fruto é o desperdício durante a extração da castanha. Estima-se que, de toda produção do recôncavo, com a prática da extração da castanha, cerca de 90% do fruto é desperdiçado. "O agricultor familiar retira a castanha e joga fora o que resta, perdendo assim um alimento saudável que poderia ser transformado em produtos como a cajuína, doces de caju, compotas em calda, tipo ameixa, geleia, caju cristalizado, farinha de pedúnculo, vinho, vinagre, licor, aguardente e xarope, tanto para o consumo da família como também para a venda em feiras livres e no comércio em geral.
Fonte: EBDA
Com período de safra nos meses mais quentes do ano (dezembro a fevereiro), a cajucultura prevalece na região Nordeste do Brasil, onde representa 95% da produção nacional, concentrada nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia (IBGE, 2008). Nesse contexto a Bahia é o terceiro maior produtor do fruto, com área plantada de 26.266 ha, área colhida de 26.020 e produção de 5.414 toneladas (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)), quase toda concentrada na região semiárida do Estado.
Visualizando a participação da agricultura familiar na produção de caju, no recôncavo baiano, as Gerências Regionais da EBDA, em Cruz das Almas e em Ribeira do Pombal, numa parceria para desenvolver a cajucultura na região, começou a desenvolver ações como a distribuição de mudas para agricultores familiares. Só no final de 2010, foram mais de 200 mudas de cajueiro anão precoce distribuídas, o que já promoveu mudanças na realidade do agricultor. "Hoje, eles já buscam orientação para melhorar as suas produções, o que antes não acontecia; a produção era quase toda extrativista, sem assistência técnica nem orientação quanto ao melhor aproveitamento do fruto", comentou Jorge Silveira, engenheiro agrônomo da EBDA.
Segundo Silveira, a parceria permitiu a disponibilização de novas mudas para a instalação de Unidades Demonstrativas e a formação de Viveiros de Produção, utilizando material genético de qualidade. Outra parceria estimulada pela empresa é com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, que desenvolve trabalhos com cajueiro anão precoce em Unidades de Sistema Agroflorestal (SAF). Outras ações voltadas para a atividade são os treinamentos para o aproveitamento do caju, tanto do pedúnculo (polpa), quanto da castanha e, também, a substituição de copas, que implica na renovação das plantas velhas, a partir da substituição de suas copas por material geneticamente superior.
Qualidades do caju
Do caju, a castanha é o principal produto comercializado pelos agricultores familiares, no recôncavo. No município de Cruz das Almas, concentra-se toda a comercialização da castanha in natura, da região, e estima-se que, na safra de verão 2010/2011, foram comercializadas mais de 1.500 toneladas, adquiridas em feiras livre ou em depósitos, por intermediários que vendem para compradores do Ceará. Silveira afirma que boa parte da castanha produzida na Bahia segue para o Ceará – maior produtor de castanha de caju, do país -, onde são processadas e comercializadas.
Além do aspecto econômico, os produtos derivados do caju apresentam elevada importância alimentar por ser rico em diversos nutrientes. O pedúnculo do caju (falso fruto) é o que se consome ao natural ou em derivados (sucos, doces, cocadas). De coloração amarela ou vermelha, estão presentes altos índices de vitamina C, cálcio, fósforo e ferro. Já a castanha ou amêndoa (fruto verdadeiro), quando torrada, tem grande valor no mercado internacional. Da castanha (amêndoa e casca) extrai-se um fino óleo de uso na indústria de cosméticos, de medicamentos, de alimentos, dentre outras. A amêndoa da castanha de caju é rica em fibras, proteínas, minerais (magnésio, ferro, potássio, selênio, cobre e zinco) e vitaminas A, D e K.
Segundo Silveira, o maior problema encontrado com o fruto é o desperdício durante a extração da castanha. Estima-se que, de toda produção do recôncavo, com a prática da extração da castanha, cerca de 90% do fruto é desperdiçado. "O agricultor familiar retira a castanha e joga fora o que resta, perdendo assim um alimento saudável que poderia ser transformado em produtos como a cajuína, doces de caju, compotas em calda, tipo ameixa, geleia, caju cristalizado, farinha de pedúnculo, vinho, vinagre, licor, aguardente e xarope, tanto para o consumo da família como também para a venda em feiras livres e no comércio em geral.
Fonte: EBDA
Comentários