A colheita da safra nordestina de castanha-de-caju encontra-se em pleno andamento. As condições climáticas verificadas neste ano não foram favoráveis à cultura. Por isso, o setor estima que a redução da safra deste ano seja em torno de 50%, se comparada com a safra de 2009.
Os principais fatores que contribuíram para a redução da safra foram os seguintes: a) chuvas escassas e irregulares; b) retardamento da fase de floração dos cajueiros e; c) fortes ventos que atingiram os cajueiros na fase de floração, prejudicando a produtividade da lavoura. Especificamente no Rio Grande do Norte, a situação conjuntural não é diferente dos demais estados produtores. As avaliações preliminares levam o setor da cajucultura potiguar a estimar que a redução da safra seja em torno de 45%. O município de Serra do Mel, que conta com mais de 29.000 hectares de cajueiros, considerada a maior área do estado, passou por fortes estiagens. As últimas informações apontam que as perdas em algumas agrovilas daquele município serão superiores a 60%.
Castanha-de-caju: comparativo de produção – Em toneladas
SAFRA 2009/2010 | SAFRA 2010/2011* | VARIAÇÃO (%) |
48.918 | 26.904 | -45 |
Fontes: produtores, associações de produtores e indústrias. Elaboração: Luís Gonzaga Araújo.
Diante desse cenário, a tendência é de alta de preços da castanha-de-caju in natura. De acordo com as expectativas do setor, os preços ofertados pelos produtores durante os meses de outubro a dezembro (período de safra) deverão manter-se bem acima dos praticados no mesmo período da safra anterior. Nos últimos anos, as exportações de amêndoas tem se destacado como o principal produto da pauta de exportação do Rio Grande do Norte.
Comparativo de exportação de amêndoas RN – período: janeiro a agosto 2009 e 2010
US$/FOB - 2009 | Peso/t - 2009 | US$/FOB - 2010 | Peso/t -2010 | Var.(%) - US$ |
28.428 | 5.928 | 31.629 | 5.963 | 11,2 |
Elaboração: Luís Gonzaga Araújo
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