As primeiras chuvas ocorridas após o período seco recebem o nome popular de "chuva do caju", pois coincidem com a época em que os cajueiros estão com os frutos em início da fase de desenvolvimento. A chuva, que normalmente acontece entre os meses de junho a agosto, contribui para acelerar o processo de maturação da flor do cajueiro. Já são aguardadas anualmente pelos agricultores, tanto no Nordeste, como em outras regiões do País. Este ano, porém, as precipitações não ocorreram no Ceará. E onde ocorreram foram fracas e rápidas, pela madrugada. Ventos mais fortes que o normal no litoral foi o fator que determinou a ausência, bem como a redução delas este ano, segundo a Funceme.
Em Crateús, as precipitações fizeram muita falta. Os produtores amargam a queda na produção, que não chegou aos 15% do ano passado, de acordo com informações da Secretaria de Agricultura do Município. "Com a chuva a planta floresce. Como não veio afetou a produção no Município de forma direta e os produtores tiveram uma significativa perda na produção".As localidades de Monte Nebo e Santo André são as maiores produtoras na região. Anualmente produzem doces, castanhas, cajuínas e outros derivados de caju, abastecendo o comércio local e da região. Em Santo André este ano os derivados da fruta estão escassos. A produtora Maria de Jesus, que costuma produzir 25 sacos de castanha neste período, contabiliza somente seis e estranhou a falta das precipitações. "Este ano foi diferente, mesmo em anos de seca esta chuvinha não falta, não sei o que houve". (Diário do Nordeste)
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