O continente africano é responsável por 40% da produção mundial da castanha de caju, mas só 10% é processado localmente. Carlos Costa defendeu que se criem parcerias para que haja uma intervenção conjunta na cadeia do caju, que pode ser produzido, processado e comercializado localmente. "É preciso que tenhamos consciência de que apesar de todas as vicissitudes, inerentes a um processo de criação de novas relações, o fator de sucesso depende fundamentalmente de nós".
Filomena Maiopué, diretora do Instituto de Fomento do Caju (INCAJU) de Moçambique, entidade que também organizou o encontro, lamentou que o país, com grande potencial, não consiga expandir a produção do caju. "O país tem capacidade para processar 30 mil toneladas, apesar da indústria não operar na sua plenitude", disse a responsável, acrescentando que a questão do apoio à indústria está sendo discutida ao nível do Governo, através do Ministério da Agricultura, a que se junta o apoio também de alguns parceiros, o que poderá dar um novo alento ao setor nos próximos anos. Um financiamento na ordem de 20 milhões, até 50 milhões de dólares (15 a 38 milhões de euros) é o valor necessário para relançar a indústria à escala nacional, acrescentou.
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