Trechos da entrevista do Presidente da FAERN, José Álvares Vieira, sobre a infraestrutura e logística do Rio Grande do Norte para o escoamento da produção agropecuária daquele estado, publicado no Jornal Tribuna do Norte.
"Aqui, temos um problema sério com o porto, que está muito mal localizado, obrigando os caminhões a atravessar a cidade do Natal praticamente inteira para chegar até o local. Além disso, o seu calado é pequeno, o pátio não atende às necessidades atuais, principalmente no que diz respeito ao minério de ferro, que hoje é exportado por Suape. O setor agropecuário precisa ter uma infraestrutura básica, que permita o escoamento de produtos como açúcar, cana, castanha de caju, camarão e fruta fresca. A alternativa que vejo é, de fato, o Rio Grande do Norte entender que precisa de um porto adequado para atender à demanda do Estado. E isso tem que ser modificado agora, porque de acordo com o crescimento do país, nos próximos cinco anos iremos precisar de um novo Brasil portuário. Se lembrarmos um pouco da nossa história recente, uma das razões alegadas para que houvesse a instalação de uma refinaria em Pernambuco, e não no RN, foi a falta de um porto com maior capacidade de operação. Então, precisamos desse equipamento de maneira urgente e os nossos políticos têm que se comprometer com isso. Já o projeto do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que também é importantíssimo para o nosso desenvolvimento nos próximos anos, me parece que agora vai andar e isso é louvável. Mas será necessário também melhorar a situação rodoviária e o Governo deve tentar trazer a Transnordestina aqui para o RN. Isso porque são pagos US$ 42 para se transportar 1 tonelada de determinado produto ao longo de 1 mil quilômetros por meio rodoviário, enquanto através de ferrovias o custo é de US$ 26 e como o nosso transporte é feito basicamente pelas estradas, não somos tão competitivos. "
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