Segundo o Instituto Nacional de Caju de Moçambique (Incaju), o preço da tonelada da castanha de caju in natura exportada de Moçambique para a Índia baixou US$ 100, devido a dificuldades financeiras dos importadores, sendo agora exportada por US$ 600 a tonelada. Em 2008, antes dos efeitos da atual crise, era vendida a US$ 700 para a Índia, o único importador da castanha produzida em Moçambique. Também as exportações da amêndoa da castanha moçambicana, vendida na Europa e nos EUA, vão registrar uma contração e será difícil atingir os US$ 15 milhões previstos para este ano. Em 2008, as exportações da amêndoa da castanha de caju renderam ao país US$ 12 milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros).
Castanha processada
Apesar das dificuldades que o mercado internacional da castanha de caju enfrenta, devido à crise internacional, o Incaju mantém como "realista" o objetivo de relançar Moçambique para a posição de potência industrial na castanha de caju processada, atingindo nos próximos cinco anos o pico de 50 mil toneladas de castanha processada. Em 1999, a indústria da castanha de caju local quase entrou em colapso. Para o governo, essa situação foi fruto da fraca competitividade da indústria moçambicana, mas outras correntes atribuíram a falência a uma desastrosa política no setor.
Esta semana em Abidjan, capital da Costa do Marfim, representantes dos países africanos produtores da castanha de caju alertaram para o descalabro da indústria do caju em África, devido à exportação de matéria-prima sem lucros para os produtores.
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