Moçambique: redução de safra

A produção de castanha de caju em Moçambique em 2009 deverá ser de 90 mil toneladas contra uma previsão inicial de 100 mil toneladas, devido a um conjunto de fatores como queimadas e condições climáticas adversas. Segundo o Instituto Nacional do Caju (Incaju), com base na produção de 90 mil toneladas em 2008, a expectativa era de que este ano a produção não fosse inferior a 100 mil toneladas, caso as condições atmosférias fossem favoráveis. Entretanto, a alta dos preços dos combustíveis no ano passado fez com que muitos produtores não completassem as etapas necessárias para a pulverização dos cajueiros. Além disso, o ciclone Jokwé afetou a província de Nampula, particularmente os distritos costeiros, considerados potenciais produtores de castanha de caju naquele país. Queimadas descontroladas também destruiram inúmeros cajueiros em Moçambique. Durante os anos 70 Moçambique chegou a ser considerado o maior produtor mundial de caju, mas eno final da década de 80 o setor sofreu uma significativa redução, devido a fatores climáticos, envelhecimento de plantas e, ainda, o aparecimento de pragas e doenças, num cenário que acabou levando ao seu colapso em finais da década de 90. Nos últimos anos, fruto de um trabalho coordenado pelo Incaju visando a pulverização de plantas, por um lado, e o replantio de novas espécies tolerantes e resistentes a pragas, por outro, o setor tem registrado melhorias, permitindo atualmente uma produção média anual estimada em 80 mil toneladas de castanha (Fonte: macauhub).

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