Continuação da matéria do Jornal O Povo (Fortaleza): "...Ao se manifestar sobre a preocupação do presidente licenciado do Sincaju de que a importação se torne um hábito, Antônio José Carvalho afirma que se isso acontecer será para aumentar o processamento de castanha. Explica que a capacidade instalada da indústria brasileira, de 360 mil, é maior que a produção. O Ceará, maior produtor e exportador de amêndoa de castanha, processa cerca de 280 mil toneladas. Segundo presidente do Sindicaju, a castanha brasileira jamais deixará de ser industrializada pela indústria local. Mas quando necessário diz que os industrias recorreram a importação, até para usar toda a capacidade instalada. Adianta que é assim que fazem os maiores exportadores de castanha do mundo, respectivamente Índia e Vietnã, que além de usar suas produções adquirem o produtos em outros países. Ressalta que a importação gera empregos no Brasil. Destaca que a importação é para evitar que as empresas parem por falta de matéria-prima desempregando mais de nove mil pessoas. A indústria de processamento faz estoque durante a safra (de agosto a janeiro) e trabalha o ano inteiro. Paulo de Tarso diz esperar que "os industriais não criem o hábito de beneficiar produtores de outros países em detrimento dos nossos cajucultores. São 150 mil pessoas, entre produtores e agregados, que vivem, hoje, da cajucultura no Ceará, além de nossa castanha ser de melhor qualidade comparada as dos outros países, principalmente africanos". Antônio José discorda. Considera que as duas têm aspectos positivos e negativos. "A brasileira é mais graúda, mas vem com umidade e um percentual alto de impurezas fazendo diminuir o rendimento. A africana é menor mas tem um rendimento 20% superior a do Brasil", conclui.
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