Além de suas qualidades nutritivas e medicinais, a castanha de caju possui um sabor exótico, podendo servir de acompanhamento para drinks ou na composição de pratos sofisticados, bem como pode ser utilizada na elaboração de sucos, mel, vinho e licores. Essas características a tornam um produto em expansão no mercado mundial, tendo os Estados Unidos e os países que compõem a União Européia como seus principais compradores.Mas o potencial de mercado da castanha de caju continua pouco explorado mundialmente, na visão dos seus principais produtores. Com essa perspectiva, Brasil, China e Vietnã, países à frente da linha de produção da castanha, estão prestes a fechar uma parceria inédita para abrir cada vez mais o produto ao mercado mundial. O primeiro passo foi dado este mês, de 26 a 29, por ocasião da convenção, na Flórida (EUA), da Associação da Indústria de Alimentos (AFI). O evento, um dos maiores do setor no mundo, reuniu vários países. Durante o encontro, representantes do Brasil, China e Vietnã discutiram a possibilidade da criação da World Cashew Body (WCB), que ficará responsável por tratar as questões específicas dos três países em relação ao mercado da castanha de caju. A idéia surgiu no ano passado, por meio de discussões entre brasileiros e chineses, com o Vietnã tendo aceitado participar já este ano.“Toda essa agenda tem como foco a promoção da castanha de caju em nível mundial, visando aumentar seu consumo”, explica o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e de Doces e Conservas Alimentícias do Estado do Ceará (Sindcaju), Antônio José Carvalho. Ele ressalta que a convenção da AFI é um local estratégico para a criação da WCB, porque os EUA são o maior comprador do produto no mundo, respondendo por cerca de 40% do consumo. “Como esses três países detêm 96% da exportação mundial da castanha de caju, precisamos também estar sintonizados com o que eles (EUA) desejam”, defende.Carvalho diz que nos últimos anos, por conta de diversos fatores, tem crescido a produção de castanha de caju no Brasil, China e Vietnã, “e isso exige uma ampliação do mercado consumidor”. No Ceará, por exemplo, a produção de caju em 2006 foi a maior que Carvalho tem notícia. Produção que cresce ano a ano. Apesar disso, ressalta que ainda se faz necessária a melhoria da qualidade por parte dos produtores.Nesse aspecto, o presidente do Sindcaju frisa que todos perdem, tanto os produtores como a indústria. “Em alguns casos, recebemos a castanha para processamento e chegamos a ter perdas de até 10%. Tal fato desvaloriza o produto.” Para ele, porém, a questão da qualidade vai se ajustando, à medida que os produtores passam a ter mais informações sobre o reflexo desse fenômeno na outra ponta da produção, que são as indústrias. O Nordeste brasileiro é privilegiado em relação ao setor, já que o cajueiro é uma árvore nativa da região, respondendo atualmente por 99% da produção nacional de castanha de caju. No Ceará, de acordo com dados do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), a castanha de caju e seus derivados ficaram em segundo lugar na pauta de exportações, com US$ 140.515,788. Em relação ao Brasil, o IBGE divulgou em março a segunda previsão da safra de castanha de caju para 2007, tendo como referência o mês de fevereiro. Na comparação com 2006, houve uma variação de +7,04% na produção; +0,83% na área plantada; +2,22% na área colhida (hectares) e +4,73% no rendimento (kg de castanha por hectare). O texto acima foi extraído do Jornal da Fiec.
Comentários
Estou iniciando a venda de "caju de mesa", mas estou com dificuldade a respeito de uma caixa adequada para o transporte e melhor conservação do produto, voce poderia informar algum fabricante, que fabrique esse tipo de caixa papelão.
Muito obrigado.
moro em são josé dos cmapos, sp.
quem poderia me enviar dois quilos do doce conhecido como caju-ameixa ou caju passa.
agradeço a atenção